Classes gramaticais
Síntese elaborada por Josélia Paixão Silva
1ª Parte - Brevilóquios sobre uma nova mentalidade pedagógica
Treze colocações sobre a qualidade cognitiva e social da educação
Os aspectos de melhoria na educação necessitam ser vistos de modo interligado. Não está somente em jogo o direito das crianças e dos jovens à educação, mas também a autoestima e a alegria de viver dos docentes. A tese de fundo é que a questão da qualidade na educação passa certamente pelo viés pedagógico. Este pivô ou cerne pedagógico deve ser localizado na experiência do prazer, das aprendizagens que são vividas como algo que faz sentido e é humanamente gostoso.
Faz-se necessário um esforço para reencantar deveras a educação, pois está em jogo a autovalorização pessoal do professorado, a autoestima de cada ser envolvido, além do fato de que a privação da educação representa, sem dúvida, na sociedade do conhecimento na qual pertencemos, uma verdadeira causa mortis (educação como um processo de encantamento e prazer). Vejamos as colocações abaixo:
PRIMEIRA: A melhoria pedagógica e o compromisso social devem andar juntos. Tem-se a impressão de que o professorado, especialmente do primeiro e segundo graus, não acredita que seja de fato possível eliminar, mudar nossos escandalosos índices de repetência e, consequentemente, de evasão que está ligada a ela. Temos no Brasil uma gama de crianças e adolescentes fora da escola e um número maior em estado de repetência, sendo que muitas delas não é pela primeira vez. Muitos desses casos são vistos pelos professores como condenados a sucessivas repetências.
SEGUNDA: É preciso desmistificar que existe uma relação automática entre bom ensino e boa aprendizagem. Cumprir o conteúdo não garante bons resultados pedagógicos. Equivocadamente, o sistema escolar cobra resultados por meio de avaliações sobre conteúdos