Clarice lispector
Clarice Lispector nasceu na Ucrânia, no ano de 1925 e emigrou com a família para o Brasil no ano seguinte. Fixaram-se no Recife, onde a escritora passou a infância. Depois da morte de sua mãe, quando tinha 12 anos, ela mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, já tendo esboçado seus primeiros contos. Ingressou no curso de direito, formou-se e começou a colaborar em jornais cariocas. Em 1943 casou-se com um colega de faculdade e publicou, no ano seguinte ao de seu casamento, o seu primeiro livro, “Perto do coração selvagem” e, com apenas 19 anos de idade, pode assistir a enorme repercussão com o público e com a crítica de seu estilo, diferente de tudo o que se fizera até então. Sendo seu marido diplomata de carreira, Clarice viveu fora do Brasil por cerca de quinze anos, onde pôde dedicar-se exclusivamente a escrever.
Depois de separar-se do marido, já de volta ao Brasil e morando no Rio de Janeiro soube que sofria de câncer generalizado. Morreu em dezembro de 1977, na véspera de seu aniversário, como uma das mais importantes vozes da literatura brasileira.
OBRAS
Em suas obras, Clarisse atinge as regiões mais profundas da mente das personagens para aí sondar complexos mecanismos psicológicos. O enredo e as características físicas das personagens tem importância secundária. As ações - quando ocorrem - destinam-se a ilustrar características psicológicas, e muitas personagens não apresentam sequer nome. São comuns em suas obras, histórias sem começo, meio ou fim.
As personagens criadas por Clarice Lispector descobrem-se num mundo absurdo; esta descoberta dá-se normalmente diante de um fato inusitado - pelo menos inusitado para a personagem. Aí ocorre a “epifania”, classificado como o momento em que a personagem sente uma luz iluminadora de sua consciência e que a fará despertar para a vida e situações a ela pertencentes que em outra instância não fariam a menor diferença.
O que provoca um desequilíbrio interior que mudará a vida da personagem