Clamidia e Rickettsia
As rickettsias são bactérias muito pequenas que mal podem ser vistas com um microscópio comum (microscópio óptico). Estes organismos são procariotos (também não possuem núcleo e são unicelulares) como as outras bactérias e arqueobactérias, mas possuem uma diferença: vivem, quase sempre, dentro de outras células.
Seu tamanho e o fato delas só poderem viver e se reproduzir dentro de outras células, levantou a suspeita delas serem as descendentes das primeiras bactérias que foram englobadas por uma célula eucariota, gerando as mitocôndrias! Esta teoria ganhou outro argumento a favor: o genoma de Rickettsia prowaseckii, causadora do tifo endêmico, que foi recentemente seqüenciado, revelando seu parentesco com nossas mitocôndrias!
As rickettsias são parasitas de artrópodes como piolhos, pulgas e carrapatos. No homem, causam doenças como tifo, erlichiose, febre maculosa e febre Q.
A classificação das rickettsias é feita com base na similaridade das respostas imunológicas (produzidas pelo sistema de defesa do organismo) que estes micro-organismos induzem no corpo humano, e não por eles provocarem doenças semelhantes: as manifestações clínicas e o tempo de duração das rickettsioses variam consideravelmente.
As rickettsias não costumam ser transmitidas de pessoa para pessoa, exceto por transfusão sanguínea e transplante de órgão, embora espécies do gênero Coxiella também possam ser adquiridas pela placenta, durante a gestação, e por vias sexuais. Com exceção do tifo exantemático, o homem é apenas hospedeiro acidental das rickettsias.
A forma de contágio mais comum é pela saliva e fezes de artrópodes infectados e contato direto com sangue, fezes e leite de animais contaminados (veja, em cada doença, quem são os animais reservatórios). As rickettsioses são, em geral, tratadas satisfatoriamente com antibióticos.
Para evitar a disseminação das rickettsioses é muito importante que as pessoas evitem, ao máximo, viajar com animais de estimação para