Ciúme e desconfiança sob um ponto de vista psicológico
É fundamental notar que a desconfiança esteja sempre à procura de um motivo real onde se instalar e, de fato, nem precisa ser tão real assim: basta ser plausível e pronto! Ela se instala!!!
Muito me tem sido perguntado quanto a esta contaminação nociva tão comum nos relacionamentos.
Primeiro, se faz imperativo ressaltar que, esta fantasia de segurança que DEPENDE do outro para se tornar efetiva, não é segurança real, pois depende do Outro para existir.
De fato, em realidade, para o desconfiado/inseguro típico, não importa o que o Outro faça para evita-la, pois a Insegurança estará sempre presente, à espera de um motivo, já que ela não depende de um motivo real, pois emana do EU.
Vice-versa, poderíamos dizer que a Confiança e a Segurança são qualidades energéticas, ou seja, são algo que a gente ENTREGA, pois emana do EU para os Outros, ou então não existe, de modo algum.
É necessário ressaltar o aspecto radiante ou energético da confiança, do amor e da fé. Trata-se de um fenômeno energético, que tem a direção do EU para fora do EU e é projetada sobre o mundo e os outros. Aquele estado, comumente também chamado de confiança e que depende do Outro (ou do que o Outro faça!) para existir ou para se manter, em verdade, não merece este nome, pois não é confiança coisa nenhuma.
Se eu confio, não vigio, se confio não me faço um negociante da confiança ou da desconfiança do outro, não me torno um GUARDA restritivo e muito zeloso de suas posses adquiridas, não me torno um segurança, sempre pronto a cercar e garantir, sempre pronto a proibir e a cercear a liberdade do outro.
Se EU, em nome de minha Insegurança exijo provas diuturnas de que o Outro nada tenha feito para merece-la, então, de fato, de dentro de minha Insegurança, o Outro é CULPADO, a menos que PROVE O CONTRÁRIO, pois a realidade única que eu permito é a da minha DESCONFIANÇA e o Outro, na verdade, não é levado em conta, e sim,