Ciências políticas
A Teoria Geral do Estado estuda o Estado em sua organização e evolução. É uma ciência especulativa, uma espécie de Filosofia do Estado. O interesse pelo Estado, pela sua organização, o estudo de sua origem, sua estrutura e o funcionamento de seus órgãos acompanha o desenvolvimento do pensamento científico e filosófico. Aristóteles escreveu um tratado sobre o Estado, a que deu o nome de Política, porque o Estado Grego era formado pela “polis”, e na sua obra estudou o Estado da Antiguidade, começando pela organização política de Atenas e Esparta, os órgãos de governo dessas cidades, para chegar afinal a uma classificação de todas as formas de governo então existentes. O grande filósofo grego pode ser considerado com justiça o fundador da Ciência do Estado, e apesar de transcorridos dois mil anos, a sua orientação, o seu plano de estudo, as suas idéias, notadamente a classificação que fez das formas de governo, ainda hoje inspiram e guiam a todos quantos se propõem a analisar esse fenômeno formidável que é o Estado. Platão também escreveu um tratado sobre o Estado, a “República”, mas Platão descreveu o Estado ideal. Cícero, procurando sintetizar a orientação de Aristóteles e Platão, escreveu uma “República”, em que fez a análise jurídica e moral do Estado Romano, do que ele era e do que devia ser. Direito Político: a Política é considerada por alguns como arte e por outros como ciência. Como ciência, diz Garner, nos proporciona conhecimentos sobre o Estado. Como arte, procura a solução dos problemas concretos e trata dos processos e meios que o governo emprega e como se realizam os fins do Estado. É, pois, uma ciência aplicada, que tem por objeto a dinâmica do Estado, a sua projeção no futuro. Ainda que considerada tal como Maquiavel a expôs, na sua famosa obra “O Príncipe”, conjunto de regras e preceitos para atingir o poder, conservá-lo e exercê-lo, mas despida do aspecto