Ciências Políticas e as demais ciências
Há muito se discute um conceito comum sobre o que é a ciência. Desde o grego Aristóteles á Kant, argumenta-se os conceitos de ciência e filosofia, suas definições, particularidades, semelhanças e diferenças. Muitos pensadores buscam essa definição defendendo suas ideias e conceitos. E dentre todos os assuntos, a ciência política é a mais discutida e diferentemente interpretada pelos estudiosos.
De um lado, a filosofia espiritualista, de raízes cristãs, de Aristóteles e Platão.
De outro, o pensamento filosófico em escolas recentes, as quais só chegam a maturar, depois da abertura de horizontes pela filosofia kantista.
Tudo que possa ser objeto de certeza evidente, é ciência para Kant, e com suas ideias, tornou-se cada vez mais preciso o conceito de ciência, definindo-a como o conhecimento das relações entre coisas, fatos ou fenômenos, quando ocorre identidade ou semelhança, diferença ou contraste, coexistência ou sucessão.
Para muitos autores, a caracterização de ciência implica a tomada de determinada ordem de fenômenos, investigando-se a evolução, as causas, as circunstâncias, as regularidades observadas no campo fenomenológico.
Segundo Spencer, há três variantes do conhecimento: conhecimento empírico ou vulgar, conhecimento não unificado; conhecimento científico, conhecimento parcialmente unificado e conhecimento filosófico, conhecimento totalmente unificado.
Já para Comte, a soma das ciências do mundo com as ciências do homem é perfeita, onde os fenômenos as sociedade são os mais difíceis de interpretar pelo seu grau de complexidade.
Dilthey, fez com que as ciências históricas, ciências do homem, da sociedade e do Estado, que a muito se afrontavam, uma nova definição, Ciências do Espírito, que mais tarde foi aperfeiçoada por Windelband e Rickert.
O propósito de Dilthey era demonstrar que se pode seguir este ou aquele caminho e empreender em bases empíricas a análise dos fatos da consciência.
Segundo a linguagem de Windelband,