Ciência x religião
Notório exemplo da intervenção da Igreja em detrimento dos pensamentos puramente científicos deu-se através da história de Galileu Galilei (1564 – 1642), cientista que comprovou a teoria heliocêntrica antes proposta, porém não comprovada, por Nicolau Copérnico. Quando publicou seu livro, “Diálogos Sobre os Dois Grandes Sistemas do Mundo”, em 1632, foi perseguido pela Igreja Católica, e teve seu livro proibido pela Santa Inquisição. Em 1633 foi julgado e forçado a jurar que havia cometido um engano em suas pesquisas, negando todo o seu conhecimento científico produzido. (FIGUEIRA, sem ano, p.1-3). Na mesma época, em 1637, René Descartes publicou o livro Discurso do Método, texto no qual defende o pensamento racional. Pensar racionalmente, afirmava Descartes, era “(...) nunca aceitar coisa alguma como verdadeira sem que a conhecesse evidentemente como tal; (...) não incluir em meus juízos nada além daquilo que se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito, que eu não tivesse nenhuma ocasião de pô-lo em dúvida.” (DESCARTES, 1637, p.23) Justamente esse pensamento racional que, retomado pelo Iluminismo e difundido na sociedade, iniciou o questionamento dos dogmas e verdades impostas. A racionalidade possuía, agora, um caráter exclusivamente atrofiador dos ideais subjetivos impostos pelas autoridades sacerdotais. A relação existente entre os fatos supracitados transita na esfera a qual permite associar o progresso e as descobertas inovadoras à existência de um obstáculo pertinente, algo que impulsione a busca pelo novo, e até mude a maneira como se pensava, adotando uma