Ciência e amor
O capitulo 1 inicia falando sobre o pioneirismo da cura pela palavra, e que dela surgiu a ideia de que certos problemas psiquiátricos nos adultos podem ser oriundos de eventos ocorridos na infância. A linha psicanalítica é considerada suspeita para os psiquiatras, e então houve a necessidade de comprovar que múltiplos fatores contribuem para que uma pessoa em determinado momento da vida desencadeie certos sintomas e problemas e que as influencias genéticas juntamente com a infância e traumas a que somos expostos ao longo da vida precisam ser levados em conta. Adolf Meyer enfatizou a importância de colher essas informações detalhadas sobre a história de vida do paciente para daí propor um plano de tratamento, essa abordagem ficou conhecida como psicobiológica, mas ainda assim ela sofria da falta de um modo satisfatório para decidir quais dos eventos referidos pelo paciente haviam contribuído significativamente para suas dificuldades atuais, e a dificuldade dos cientistas de integrarem suas teorias com as outras já existentes também não facilitava. No final da segunda guerra mundial, John Bowlby fez um estudo com as crianças que foram separadas de um ou ambos os pais, e relatou o dano que pode ser causado nas crianças pela falta ou rejeição da mãe. Ele se juntou com Konrad Lorenz, o fundador da etologia, e juntos desenvolveram a teoria do desapego e perda, foi uma trilogia que demorou 22 anos para ser completada: v 1- Attachment, 1969; v2- Separation, 1973; v3- Loss, 1980; esses três trabalhos fundamentaram evidências cientificas que sustentam uma nova compreensão da relação pais e filhos. No primeiro volume foi abordado o problema da natureza do vínculo entre a criança e a figura materna, assim chamada pois Bowlby reconhecia que o apego primário não se dava sempre necessariamente com a mãe biológica, grande parte do livro foi dedicada a identificar a interação complexa entre o que é instintivo e o que é aprendido, ele descreveu os modelos operativos