ciência, tecnologia e sociedade
Na concepção dos gregos na Grécia Antiga, existe uma diferenciação entre o saber teórico (filósofos) e o saber prático e técnico – (artesãos - escravos). Para os gregos, o sentido de técnica fazia referência a um conhecimento universal realizado na prática quando, ao criar uma ferramenta, os artesãos, tinham a dimensão da totalidade do objeto produzido. Esta concepção de universalidade é diferente do sentido moderno de técnica que se liga aquilo que é especializado.
Para os grego, a palavra techné possui uma amplitude de significado bem maior que nossa palavra arte atual, pois se refere aos mais variados tipos de arte, ou seja, mais uma vez a universalidade do “saber” está ligado à palavra. E ela (techné) está sempre ligada à prática.
É salutar, também, escrever que a Técnica, para os gregos, está ligada ao conhecimento prudente (phronesis), ou seja, para Aristóteles, é a razão que conduz a produção. A Técnica é a virtude mais puramente intelectual da prudência e se refere à poiesis que se traduz como produção, fazer, fabricação, criação.
Na Grécia Antiga, a concepção aristotélica era a de que o homem não poderia sobreviver sem subordinados, cujos serviços seriam os de executarem uma ordem dada. A partir do desenvolvimento técnico no processo histórico, o que Aristóteles pensava ser impossível, tornou-se realidade, isto é, o escravo foi substituído pelo avanço técnico e, agora, instrumentos funcionam a partir de comandos dados pelos homens, pois abrigam, em si, os conhecimentos dos processos que antes era dos homens. Na concepção moderna, Tecnologia implica na utilização das teorias científicas na resolução de problemas técnicos, segundo Milton Vargas. Para este autor, é da aliança entre o saber técnico e o saber científico, a partir da era