Ciência política e tge
1. Leia atentamente o texto a seguir extraído da obra de Platão, A República, e elabore um comentário sobre a concepção de quem deveria ser o homem da política para este filósofo.
- Aqueles que se possuem por meio de compra, que sem discussão possam chamar-se escravos, não participam em absoluto da arte régia.
- E de que maneira poderiam participar?
- E então? E os que entre livres se dedicam espontaneamente a atividades servis, como os anteriormente citados, transportando e permutando os produtos da agricultura e das outras atividades; aqueles que, indo de cidade em cidade, nos mercados, por mar ou por terra, trocando dinheiro por outras coisas ou por dinheiro, aqueles a quem chamamos de banqueiros, comerciantes, marinheiros e revendedores, poderiam por acaso reivindicar para si algo da ciência política?
(...) Mas nem mesmo os que vemos dispostos a prestar serviços a todos os salários ou por mercês, nunca os encontraremos partícipes da arte de governar... que nome lhe daremos?
- Como agora acabas de dizer: servidores, mas não governadores dos Estados.
(Platão, A República. In: Os Pensadores, 2004.)
2. Aponte diferenças e semelhanças dos conceitos anteriormente descritos: política, filosofia política e ciência política.
3. Leia o fragmento de O Príncipe e explique a preocupação de Maquiavel com a formação do Estado moderno:
Os príncipes prudentes repeliram sempre tais forças [as mercenárias e as auxiliares], para valer-se das suas próprias, preferindo antes perder com estas a vencer com auxílio das outras, considerando falsa a vitória conquistada com forças alheias. (...) Se se considerar o começo da decadência do Império Romano, achar-se-á que foi motivada somente por ter começado a ter soldo mercenários godos. (MAQUIAVEL, O Príncipe, p. 62)
4. Explique o significado da citação a seguir e discuta também a sua atualidade:
“Para que não se possa abusar do poder é preciso que, pela disposição das coisas, o