Ciência da mente
Em nossa história mais recente, atribui-se a Hipócrates o reconhecimento de que o cérebro é o órgão da inteligência. A Renascença foi um período especialmente produtivo para os avanços da anatomia cerebral. Marcos importantes durante a Renascença incluíram a descoberta do líquido cérebroespinal, a diferenciação entre a massa branca e a massa cinzenta do córtex, a nomeação de várias áreas do cérebro e a descoberta de que a imagem na retina era invertida. No século XVIII, uma invenção marcante para neuroanatomia e neurofisiologia foi a do microscópio. Anton van Leeuwenhoek quem criou lentes com poder de ampliação suficiente para possibilitar a observação dos neurônios.
No começo do século XIX, havia diversas questões-chaves da neurofisiologia que seria importante para a ciência da psicologia. Uma delas era relativa às várias partes do cérebro, a questão da localização cortical da função, que dividiu as opiniões dos cientistas, outra questão dizia respeito à especificidade dos nervos. Os cientistas também estavam interessados em saber como a informação era transmitida ao sistema nervoso e, particularmente rapidez com que o estímulo era conduzido.
A teoria da localização cortical foi uma invenção essencialmente do século XIX, e seu proponente inicial foi Franz Josef Gall, famoso anatomista e inventor da frenologia. Gall publicou suas idéias sobre a frenologia. Naquela época, já era bastante conhecido por seu trabalho sobre os nervos cranianos, sobre a anatomia do tronco cerebral e sobre a diferença de funcionamento neural das massas cinzenta e branca do córtex. Em sua carreira como anatomista, ele teve a chance de examinar um grande número de casos clínicos de indivíduos que haviam sofrido ferimentos na cabeça e, em conseqüência, exibiam certas mudanças de personalidade ou déficits intelectuais. O sistema de frenologia de Gall identificou 27 faculdades localizadas no córtex cerebral. Por volta dos anos