civilizacao grecia
Por Antonio Buonfiglio
O filósofo e matemático Paul Strathern, utilizando uma linguagem simples, nos conduz, em O sonho de Mendeleiev, por uma fantástica viagem pelo mundo das ideias, observações e experimentos. Ele começa pelos filósofos gregos, passa por alquimistas da Antiguidade, por teorias surgidas no Renascimento, até chegar à visão mecanicista de grandes cientistas que conseguem formular os princípios da ciência, chegando até a química moderna.
Dos antigos gregos surgiu a noção do átomo, da matéria ser constituída por pequenos elementos que, combinados, formavam as diferentes substâncias. O filósofo Aristóteles formula a teoria da matéria ser constituída por quatro elementos: o ar, a água, a terra e o fogo. Esses elementos teriam uma ordem: a terra no centro, acima a água, depois o ar, e mais acima o fogo. Como o Sol e as estrelas não se encaixavam nessa teoria, ele supôs a existência de um quinto elemento o "éter", como algo etéreo ou celestial. Devido à autoridade e ao brilhantismo do pensamento de Aristóteles, a teoria dos átomos foi abandonada e a Terra foi considerada o centro do universo. Foram necessários vários séculos para a humanidade abandonar essas ideias.
Em Alexandria, cidade construída às margens do Nilo por volta de 300 a.C., o pensamento grego sobre os cinco elementos encontrou a antiga khemeia – origem da palavra química –, atividade ligada à arte da preparação dos mortos para o sepultamento. Os praticantes da khemeia eram vistos como "magos" e, de certa forma, seus conhecimentos foram usados na produção de vidros e na arte metalúrgica. Na ocasião, já conheciam sete metais, entre eles o ouro e a prata. Associaram os sete metais aos sete planetas, criando um código místico. Os alquimistas tentavam produzir um "exilir" para prolongar a vida, e