Citologia
1- Papanicolaou- Proposta em 1943 por George Papanicolaou distingue cinco classes de esfregaços. Extremamente popular. Teve papel histórico, mas hoje deve ser abandonada. Críticas: as classes III e IV compreendem conjunto de lesões que devem ser mais detalhadas. Além disso, a definição das diferentes classes foi modificada pelos laboratórios, ao longo do tempo, criando confusão na interpretação do diagnóstico.
Classe I- ausência de alterações celulares
Classe II- alterações sem características de malignidade.
Classe III- suspeito de malignidade.
Classe IV- fortemente suspeito para malignidade.
Classe V- francamente positivo para malignidade.
2- Reagan- (1953) Introdução do termo displasia para descrever as lesões epiteliais menos marcadas que as do carcinoma. Distingue três graus de displasias: leve, moderada e acentuada. O caráter subjetivo da diferenciação entre os diferentes graus leva a dificuldade na reprodução dos diagnósticos por diferentes citologistas, mesmo avaliando a mesma amostra.
3- Richart (1967) Reuniu as lesões intra-epiteliais em um único grupo, as neoplasias intraepiteliais cervicais (NIC), que diferenciou em três categorias: NIC I, NIC II e NICIII. Reduziu o número de termos mas, assim como as outras, não propõe correlação entre imagem microscópica e o prognóstico clínico.
4- Bethesda- Em 1988 um grupo de especialistas reunidos em Bethesda, Estados Unidos, assumiu as críticas endereçadas às classificações citológicas e propõe um sistema que permita a padronização dos critérios diagnósticos internacionalmente e uma boa relação entre o diagnóstico citológico com a conduta clínica. Sofreu importantes revisões em 1991 e 2001.
Indica que o tipo de amostra deve ser especificado no laudo. Introduz apreciação sobre a qualidade do esfregaço. A adequação da amostra deve ser expressa como SATISFATÓRIA ou INSATISFATÓRIA. O obscurecimento de 70% ou mais da amostra por