Citações
“A conceituação de violência familiar/intrafamiliar é também muito utilizada e de interesse para a área da saúde, pois, nestes casos, todos os membros da família sob esta situação de violência constituem sua clientela de forma direta e rotineira”. (OLIVEIRA, 2010, p, 50).
“No caso das adolescentes, entende-se este público-alvo como da competência dos Conselhos Tutelares, mesmo em casos de violência de ex-namorados, por exemplo, gerando dupla caracterização do crime, o que só torna mais morosa a apuração do ocorrido”. (OLIVEIRA, 2010, p, 52).
“Desta forma, a violência contra os corpos das mulheres se dá pela delimitação de fronteiras discursivas (e práticas) que não podem ser atravessadas ou questionadas sob pena de punição/violência/morte”. (OLIVEIRA, 2010, p, 55).
“Considero que qualquer forma de deslegitimação do movimento de enfrentamento à violência de gênero dificulta o processo por reiterar a violência contra a mulher e/ou desmotivá-la a enfrentar a situação violenta”. (OLIVEIRA, 2010, p, 62).
Citação Direta – Longa
Segundo Oliveira (2010, p. 51)
Estas substituições devem ser problematizadas, principalmente, na elaboração de documentos de políticas públicas, na eleição de objetos para pesquisas, escrita de artigos e elaboração de ações de enfrentamento a estes fenômenos, pois cada um tem suas especificidades que não devem ser escamoteadas sob o risco de se produzir materiais que devido à amplitude correm o risco de não atingir seus objetivos.
Assim, ao escolher definir o fenômeno como violência de gênero, em contraposição à utilização da definição de violência contra a mulher ou violência doméstica, busca negar o posicionamento da mulher no lugar de vítima que a adoção destas outras definições reitera e reatualiza e a invisibilidade da matriz heteronormativa nesta discussão que institui e sustenta a contraposição das categorias homem/mulher e todas as outras categorias dicotômicas, binárias e naturalizantes