Cirurgia - Atos fundamentais
Julio Gameleira
1. Diérese – é o rompimento da integridade tecidual com penetração no interior dos tecidos e atingindo áreas anatômicas de interesse do cirurgião. Os métodos de diérese são a incisão e a divulsão; na incisão nós utilizamos a lâmina de bisturi e o cabo, lembrando que a empunhadura do bisturi deve ser tricoidal e a incisão deve começar num ponto e ser contínua até seu ponto final, para que não haja perda da continuidade; há diversos tipos de lâmina de bisturi e a mais utilizada é a lâmina nº15 e o cabo nº3 (usa como se fosse utilizar uma caneta), já a lâmina 12 nós utilizamos quando vai fazer incisão na região retromolar e precisa de uma angulação da lâmina; já a divulsão é feita principalmente através da tesoura de Metzembaum, que é quando penetra no tecido e vai rompendo as fibras desse tecido, separando os planos musculares, também pode utilizar uma pinça Kelly. Para uma incisão adequada deve-se ter conhecimento anatômico da região, utilizar uma lâmina de bisturi nova e afiada, fazer incisão de forma contínua e com bordos regulares, com tamanho adequado para uma boa exposição do campo operatório e evitar incisões pequenas que não expõem o campo operatório e promovem tensão exagerada do retalho.
2. Exérese – é a manobra cirúrgica pela qual é retirada parte ou todo o órgão ou tecido, constando muitas vezes no objetivo da cirurgia. Consiste na remoção de lesões patológicas, curetagens, ostectomias e exodontias. Quando se trata de lesões tumorais há dois tipos de biopsia: biopsia incisional (quando apenas parte da lesão é retirada, geralmente é feita quando há suspeita de malignidade pois o CD não pode retirar toda a lesão, senão o cirurgião oncologista que vai fazer a cirurgia definitiva não vai ter parâmetros, não vai saber o estadiamento do tumor, se precisa ou não fazer esvaziamento linfonodal, etc, por isso o CD apenas tira uma parte da lesão e manda pra o histopatológico pra ver se é