cirrose hepática
O diagnóstico da cirrose hepática inclui avaliação clínica, laboratorial, endoscópica, por imagem ou histopatológica.
Exames Laboratoriais
È antes de tudo, Histológico
· Aminotransferases: podem estar normais ou elevadas com predomínio de AST sobre ALT. A relação AST/ALT é maior na cirrose alcoólica e menor na cirrose de qualquer etiologia
· Enzimas colestáticas: a fosfatase alcalina e gama-GT podem estar normais ou elevadas especialmente nas fases descompensadas da cirrose ou naqueles com doença biliar crônica (CEP, CBP)
· Bilirrubinas: estão normais até que a cirrose avance e as bilirrubinas se elevam demonstrando perda da função de excreção da bilirrubina pelos hepatócitos e, assim, sinalizando mau prognóstico
· Anemia: é multifatorial podendo aparecer por perda de sangue aguda ou crônica por varizes de esôfago ou por gastropatia hipertensiva. A deficiência de vitamina B12, folato, hiperesplenismo, toxicidade medular por álcool são outros fatores associados a anemia no cirrótico
· Coagulação: considerando o fígado o órgão principal no processo da coagulação, doenças hepáticas podem levar a anormalidades na hemostasia por diversos mecanismos: defeito qualitativo e quantitativo das plaquetas, diminuição na produção de fatores da coagulação e de inibidores, síntese de fatores anormais da formação do coágulo, diminuição do clareamento hepático dos ativadores de formação do coágulo ativado, hiperfibrinólise e coagulação intravascular disseminada. A plaquetotopenia acontece em cerca de 30% a 64% dos pacientes cirróticos, raramente a contagem é menor que 30.000/mm3 e sangramento espontâneo é um evento incomum. O hiperesplenismo (leucopenia/plaquetopenia), como resultado da congestão do baço pela hipertensão porta, tem sido considerado a principal causa da trombocitopenia em cirróticos. O baço sequestra cerca de 90% da massa plaquetária circulante. Outras causas para explicar a plaquetopenia incluem diminuição na síntese de tromboietina,