circuito eletrico
PROF. JOSÉ GOMES RIBEIRO FILHO
CIRCUITOS ELÉTRICOS
1 INTRODUÇÃO
Os circuitos elétricos são a corrente sanguínea no equipamento do cientista e do engenheiro. Neste capítulo estudaremos os circuitos mais simples e veremos processos para analisá‐los. Limitaremos nosso estudo ao caso em que o sentido da corrente é contínuo segundo uma direção ‐ os circuitos de corrente contínua (CC). Os circuitos em que o sentido da corrente oscila para frente e para trás, chamados circuitos de corrente alternada (CA), não serão abordados nesse Capítulo. 2 FORÇA ELETROMOTRIZ E CIRCUITOS
Para que um condutor possua uma corrente estacionária, ele deve ser parte de uma trajetória fechada ou circuito
completo. Explicaremos a seguir a razão disso. Quando um campo elétrico E1 é aplicado no interior de um condutor isolado com resistividade ρ que não seja parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir com uma densidade de corrente J = E1/ρ
(Figura 1a). Em decorrência disso, uma carga positiva se acumula rapidamente em uma das extremidades e uma carga negativa se
acumula na outra extremidade (Figura 1b). Por sua vez, essas cargas produzem um campo elétrico E2 em sentido oposto ao de E1 , fazendo diminuir o campo elétrico e, portanto, a corrente. Em uma fração de segundo acumulam‐se cargas nas extremidades do
condutor de tal modo que o campo elétrico resultante E E1 E2 0 no interior do condutor. Então, também J = 0 e a corrente para de fluir. Logo, é impossível haver uma corrente estacionaria em tal circuito incompleto.
FIGURA 1 (a) Quando um campo elétrico E1 é aplicado no interior de um condutor que não faz parte de um circuito completo, uma corrente começa a fluir pelo menos temporariamente, (a)
b) Essa corrente produz um acúmulo de cargas nas extremidades do
condutor criando um