Ciprofloxacino
O uso das quinolonas iniciou-se em 1962, quando Lesher e Cols descreveram o ácido nalidíxico, o precursor das 4-quinolonas. Na década de 70, foram introduzidos na terapêutica dois outros compostos relacionados com o ácido nalidíxico, o ácido oxolínico e a cinoxacina. O interesse por este grupo de quimioterápicos, porém, diminui rapidamente em virtude do seu restrito espectro de atividade antibacteriana, do rápido desenvolvimento de resistência e de certas limitações farmacocinéticas. O ácido nalidíxico saiu do mercado, porém serviu como protótipo para modificações moleculares que deram origem as quinolonas de segunda, terceira e quarta geração. As fluoroquinolonas mais recentes têm maior espectro de atividade do que as drogas mais antigas. Em geral, são muito ativas contra patógenos aeróbios Gram-negativos e de ação intermediária contra cocos Gram-positivos. As quinolonas são, em geral, menos ativas contra estafilococos e estreptococos do que contra bactérias Gram-negativas. Os seguintes quimioterápicos: norfloxacino, enoxacino, pefloxacino, ofloxacino e ciprofloxacino constituem o grupo das quinolonas de segunda geração que é caracterizado pela introdução do flúor no aromático que aumenta o espectro de ação dos antibióticos, ou seja, aumenta o número de bactérias sensíveis e diminui a capacidade da bactéria adquirir resistência a esse antibiótico. O Ciprofloxacino, um protótipo das fluoroquinolonas, é um dos antibióticos da classe das quinolonas de segunda geração mais utilizados devido à suas vantagens farmacocinéticas, possui amplo espectro, boa biodisponibilidade, boa penetração tecidual, meia-vida longa, relativa segurança e menor indução de resistência bacteriana em comparação aos agentes de introdução mais recente no mercado. Ciprofloxacino deve ser reservado ao tratamento de infecções causadas por bactérias Gram negativas multirresistentes, incluindo Pseudomonas aeruginosa, pois apresenta as menores