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O asfalto tem grande utilidade quando se apresenta na forma de uma rua asfaltada e nivelada, dando conforto aos passageiros e motoristas dos veículos. Mas, apesar dessa utilidade, para os trabalhadores em pavimentação a história tem sido um pouco diferente.
Segundo Guimarães (2003), observou-se que os pavimentadores motoristas de rolo compressor, motoristas da máquina de aplicar a camada asfáltica e motoristas de caminhão basculante, além, é claro, da equipe de aplicação propriamente dita – não utilizam proteções respiratórias e, assim, inalam compostos químicos tóxicos.
A exposição às emissões de asfalto em pavimentação de ruas e estradas se dá tanto por gases e vapores, quanto por material particulado. E todos esses tipos de emissões são prejudiciais à saúde humana.
Entre o material particulado, a maioria das partículas é de tamanho minúsculo (< 2,5 cm), o que facilita não apenas a sua inalação, mas também a sua chegada às partes mais profundas do pulmão (alvéolos), diminuindo a capacidade respiratória do indivíduo e aumentando os processos inflamatórios.
Alguns estudos confirmam que os compostos químicos tóxicos conseguem se diluir na região do alvéolo e passam para a circulação sanguínea.
Diversos agentes químicos deletérios à saúde humana foram identificados nas emissões de asfalto, e muitos deles são comprovadamente cancerígenos, reconhecidos até mesmo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como tais. Além disso, enquadram-se entre os fatores de insalubridade, como exposto na Norma Regulamentadora (NR) 15.
Este estudo tem a finalidade de documentar os possíveis riscos para a saúde de trabalhadores quando da preparação e aplicação da pavimentação com asfalto ecológico e com asfalto convencional.
CARACTERÍSTICAS DO ASFALTO
O asfalto é um resíduo derivado do refino do petróleo e contém uma mistura de hidrocarbonetos alifáticos, parafínicos,