cinza de casca de arroz
Introdução.
A indústria agrícola é responsável pela geração de um grande volume de resíduos. O resíduo agro-industrial, que representa um dos maiores volumes de material disposto na natureza é a casca de arroz. Sem valor comercial devido à sua dureza, fibrocidade e abrasividade, a deposição da casca de arroz ocupa grandes áreas e, por sua lenta biodegradação, permanece inalterada por longos períodos de tempo, representando um grande dano ao meio ambiente. Todavia, a casca de arroz possui um poder calorífico elevado, muito embora variável, em função da umidade e das condições de plantio. Encontrou valores de 13045kJ/kg, trabalhando com cinzas oriundas do estado de São Paulo. Já aponta valores da ordem de 16720kJ/kg para cinzas produzidas em Santa Catarina.
Este valor representa 33% da capacidade térmica do petróleo. Essa propriedade faz com que ela seja utilizada como fonte para obtenção da energia. Este processo, por sua vez, gera um outro resíduo: a cinza decasca de arroz - CCA. Em muitos dos países produtores de arroz, o volume de cinza produzido é considerável, e apenas a indústria cimenteira poderia consumir tal quantidade de resíduo. A sua utilização seria possível devido às características pozolânicas que grande parte dessas cinzas apresenta, ou seja, isoladamente, as cinzas não têm valor aglomerante, mas, quando finamente moídas e em presença de água, reagem com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) e formam compostos cimentantes. Apesar disso, segundo, são ainda as empresas beneficiadoras de arroz, atualmente, as principais consumidoras da casca como combustível para a secagem e parboilização do cereal. Como se trata, geralmente, de empresas de pequeno porte, não possuem processos para aproveitamento e descarte adequados das cinzas produzidas, que são geralmente depositadas em terrenos baldios ou lançadas em cursos d’água, ocasionando poluição e contaminação de mananciais. Diante disso, o não-aproveitamento desse material não