Cinetica
O modelo de Michaelis-Menten é útil para explicar a cinética das reações catalisadas por enzimas. Aqui, serão mostradas as etapas necessárias para se chegar à equação de Michaelis-Menten e para ver como são determinadas as constantes cinéticas de uma enzima. Tente responder as perguntas que aparecem em vermelho antes de continuar com o estudo.
O modelo de Michaelis-Menten considera que uma reação enzimática ocorre em dois passos:
ETAPA 1. Ligação de um substrato (S) a uma enzima (E), formando um complexo intermediário (ES)
Etapa 1 E + S k1 k2 ES k3 k4 E+ P
Etapa 2
ETAPA 2. Formação do produto (P) a partir do complexo ES, com recuperação da forma livre da enzima (E)
A reação do slide anterior está representada no equilíbrio:
E + S
k1 k2
ES
k3 k4
E+ P
onde k1, k2, k3 e k4 são as constantes de velocidade de cada etapa.
Nesse caso, a da reação (V), ou seja, a velocidade de formação do produto será:
V = k3[ES] – k4[E][P]
(eq. 1)
Porém, no estado inicial, podemos simplificar a reação:
E + S
k1 k2
ES
k3
E+ P
• Você saberia dizer por que não ocorre a reação 4 (k4)? • Qual seria a velocidade de reação neste caso?
E + S
k1 k2
ES
k3
E+ P
A reação 4 (k4) não ocorre nessa situação porque a quantidade de P é ainda muito pequena para estabelecer o equilíbrio.
A velocidade inicial de reação neste caso é dada por:
V0 = k3[ES]
(eq. 2)
ATENÇÃO: Como estão duas reações acopladas (o produto da primeria é substrato da segunda), na maioria das vezes, estas reações ocorrem fora do equilíbrio mesmo na Etapa 1 apesar das duas reações (de constantes k1 e k2) estarem acontecendo. Por isso, definimos o ESTADO ESTACIONÁRIO (a seguir).
Na análise cinética da reação catalisada por uma enzima, consideramos apenas o ESTADO ESTACIONÁRIO, que é aquele em que, apesar de estarem mudando as concentrações de S (diminuindo) e de P (aumentando), não há variação da concentração dos