Cinesiologia
Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 4, p. 641-650, out./dez. 2010
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[T]
Cadeia cinética aberta e fechada: uma reflexão crítica
[I]
Open and closed kinetic chain: a critical reflection
[A]
Auristela Duarte de Lima Moser[a], Mariane França Malucelli[b], Sandra Novaes Bueno[b]
Programa de Pós-Graduação em Tecnologia em Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PPGTS/PUCPR), Curitiba,
PR - Brasil, e-mail: auristela.lima@pucpr.br
[b]
Fisioterapeuta, Universidade Positivo (UP), Curitiba, PR - Brasil.
[a]
[R]
Resumo
Introdução: Desde 1973, quando Steidler procedeu à transposição dos princípios de cadeia cinética aberta e fechada da mecânica para a reabilitação, muitos estudos têm sido feitos sobre as consequências dos exercícios envolvendo tais cadeias, mas pouco tem se estudado sobre a validade de tal definição, seus benefícios e riscos. A comunidade da reabilitação associou a definição de CCA e CCF a alguns exemplos clássicos de exercícios, sem questionar se os componentes envolvidos na definição eram suficientes para estabelecer este conceito. Método: As autoras realizaram uma revisão bibliográfica que incluiu artigos com o conceito de cadeia cinética aberta e fechada e livros de cinesiologia, mecânica e dinâmica, buscando aproximações e divergências na definição e nos conceitos. Resultados: Na mecânica as cadeias abordadas são cinemáticas e não cinéticas e a transposição desses conceitos para a reabilitação foi literal, favorecendo o uso dos termos como sinônimos, mesmo existindo uma diferença entre eles: a cadeia cinemática não considera as forças causadoras do movimento ou do equilíbrio, já a cadeia cinética as considera. O termo cadeia cinética aberta não é mencionado na mecânica. Conclusões: Todos os exercícios envolvendo apenas uma articulação deveriam ser chamados exercícios isolados e o termo cadeia cinética fechada deveria ser dividido em três categorias: cadeia