Cinema e Geografia
De 07 a 10 de outubro de 2013
A FRONTEIRA NO CINEMA: PRIMEIRAS APROXIMAÇÕES
1- INTRODUÇÃO
O texto aqui apresentado é fruto da dissertação de mestrado A Fronteira no
Cinema: as imagens movimento e tempo na linguagem geográfica, a qual se encontra em fase inicial de estudo. O referido projeto faz parte das atividades desenvolvidas junto ao
Grupo de Pesquisa Linguagens Geográficas, estando inserido no Projeto Rede Imagens,
Geografias e Educação (processo CNPq 477376/2011-8).
A proposta que discorreremos neste texto entrelaça a Geografia com a arte cinematográfica para abordar a questão da fronteira. Esta discussão tomará forma a partir da escolha de filmes que tratem sobre a fronteira, incluindo nesta concepção não somente a fronteira física e cartografável, mas também a relação com o outro -- o outro lado, os homens do lado de lá, as leis, hábitos, concepções e cultura que integram o reverso desta linha divisória. Deste modo, mergulharemos nas questões fronteiriças que extrapolam o econômico, o político e o cartográfico, procurando outros sentidos que os filmes, textos e autores escolhidos que discutem o tema nos colocam no sentido de apontar outras possibilidades de leitura geográfica desse conceito.
Pelo fato do projeto estar vinculado ao Programa de Pós-Graduação da Universidade
Federal da Grande Dourados, localizada no Mato Grosso do Sul, a fronteira pensada é a sul mato-grossense, que faz divisa internacional com o Paraguai e a Bolívia. Assim definido, procuramos por filmes que retratassem a fronteira na direção de como nós, os brasileiros, entendemos o que consideramos o outro, os do lado de lá. Diante disso, selecionamos duas produções que se encaixavam em nossas especificações: "Os Matadores" (Direção: Beto
Brant, 1997, 90 min.) e "Frontera" (Direção: David Cardoso, 2011, 45 min.).
Os títulos apresentados atendem ao propósito de discutir a fronteira neste contexto inicial de