Cinema - lazer na escola
RESUMO: O lazer não pode mais ser confundido com descanso, esporte, diversão, e entendido apenas como algo para amenizar tensões do dia-a-dia ou algo que ajude a manter o sistema vigente e os problemas sociais existentes. Ele pode promover o desenvolvimento pessoal e social, assim como, oferecer possibilidades pedagógicas e conteúdos educativos. Sendo o cinema uma opção de lazer, na escola, pode se constituir num objeto de entretenimento, de estudo, de conhecimento, de informação e de prazer, confrontando os textos fílmicos com a realidade, o cotidiano, os acontecimentos do dia-a-dia. O projeto CineAfro, que acontece na UERJ, é um exemplo de como o cinema, ou o recurso audiovisual, pode ajudar na abordagem de questões sócio-políticas.
PALAVRAS-CHAVES: cinema, escola, Cineafro.
Discutir o lazer numa sociedade impregnada de ideais neoliberais, onde cultua-se o mercado, o individualismo e a competitividade, a desregulação e a flexibilidade do mercado de trabalho, a globalização e a primazia do econômico sobre o social, é bastante interessante. Principalmente, se relacionado com escola e educação que, nessa sociedade, estão extremamente voltadas para conteúdos, mecanização, memorização e para o mercado de trabalho.
A “educação” acaba se enquadrando em tais ideais da sociedade do trabalho, em virtude de tamanhas exigências não só no contexto brasileiro, mas, sobretudo, no contexto mundial. Como exemplo disso, pode-se destacar nos dias de hoje a excessiva e sufocante valorização do vestibular, tido muitas vezes como a maior meta do processo de ensino. E isso é um fenômeno existente não apenas dentro da escola, está também na família, na mídia, ou seja, na sociedade em geral. A seleção, competição, individualização mais do que nunca são aí reforçados.
A escola, em geral, tem mostrado características como: preocupação maior com os meios de ensino, ou seja, o “como fazer”, do que com a