Cimentos em Poços de Petróleo
– Objetivo das Operações com Cimento
– Correção da Cimentação Primária (CCR)
Cimentações primárias deficientes podem causar intervenções onerosas. A decisão quanto a necessidade ou não da correção de cimentação primária é uma tarefa de grande importância. A correção implica em elevados custos, principalmente no caso de poços marítimos, onde o custo diário de uma sonda é bastante alto. O prosseguimento das operações, sem o devido isolamento hidráulico entre as formações permeáveis, pode resultar em:
→ Produção de fluidos indesejáveis devido a proximidade dos contatos óleo/água ou gás/óleo;
→ Testes de avaliação das formações incorretos;
→ prejuízo no controle dos reservatórios (produção, injeção recuperação secundária);
Operações de estimulação mal sucedidas, com possibilidade inclusive de perda do poço. Uma outra possível falha da cimentação primária, que precisa ser corrigida, se refere a falta de isolamento do topo do liner. Tais falhas são decorrentes das condições adversas encontradas para a sua cimentação, como anular pequeno e difícil centralização do liner. Cuidados adicionais devem ser tomados na interpretação da qualidade da cimentação nos topos de liner, onde a leitura elevada da amplitude do CBL pode ser decorrente justamente da boa qualidade da cimentação e da presença do revestimento por detrás do liner. Tamponamento de Canhoneados (RAO, RGO, ISZ):
A finalidade básica de uma compressão de cimento para o tamponamento de canhoneados é impedir o fluxo de fluidos através destes canhoneados, entre a formação e o interior do revestimento ou vice-versa. Os problemas mais comuns que geram intervenções para tamponamento de canhoneados são aqueles relacionados com a excessiva produção de água ou gás. Uma razão água óleo (RAO) elevada apresenta várias desvantagens como perda de energia do reservatório, dispêndio de energia em elevação artificial e custos com tratamento e descarte, além de riscos de degradação