Cimento
Dá-se o nome de cimento a qualquer material que endurece ao misturar-se com pedras e areia, transformando-se num bloco compacto. Num sentido mais amplo, é qualquer substância capaz de unir elementos não aglutináveis. Do ponto de vista cientifico e tecnológico, cimentos são produtos resultantes de reações químicas diversas, cuja propriedade característica é a de endurecer quando tratados pela água. O cimento mais usado na industria de construção civil é do tipo portland, que forma uma argamassa quando se mistura à água e outro material, comumente a pedra britada. Essa argamassa obtida pela primeira vez, depois da queda de Roma, em 756, quando o engenheiro inglês John Smeaton misturou cal hidráulica com pozolana (lava vulcânica). A denominação originou-se do fato de que a mistura assim realizada fazia lembrar, pela consistência, as pedras da ilha de Portland, situada junto à costa meridional da Grã-Bretanha. O processo de fabricação do cimento portland só veio a ser patenteado em 1824, por outro inglês, o construtor Joseph Aspadin.
Fabricação
Com o desenvolvimento da tecnologia, criaram-se vários tipos de cimentos e varias técnicas de fabricação, a fim de atender às mais variadas exigências. Assim, por exemplo, o cimento empregado em barragens é de um tipo especial, com baixo teor de hidratação. Há o cimento resistente às águas sulfatadas e à de mar, os de endurecimento rápido e lento, o de escória etc. A fabricação comum é feita com utilização de calcário e argila, aduzindo-se posteriormente gesso. Pode ser por via úmida ou via seca. No primeiro caso, é maior o consumo de combustível, empregado para evaporar a água. É importante, sobretudo, além de assegurar a dosagem correta na composição da mistura calcário-argila e o estado físico-químico da mistura, controlar adequadamente a temperatura do forno rotativo, que chega a 1500 oC. Este representa, ao longo do seu comprimento (às vezes até 200m) temperaturas térmicas diversas, para permitir as