Cientificismo
O cientificismo é também, por vezes, identificado por alguns como sendo a "religião dos céticos" ou mesmo "religião da ciência", dados as suas intransigências e postura às vezes inflexíveis quanto à capacidade do empirismo e da ciência proverem resposta para toda e qualquer questão, e não apenas para aquelas questões que em acordo com a definição encontram-se sob notórioescopo da ciência. Nesse contexto o cientificismo caracteriza-se por um naturalismo exacerbado que em termos de origem e suposta abrangência por vezes diverge do naturalismo metodológico presente na ciência moderna.
Uma definição mais contemporânea é oferecida por Michael Shermer, de "The Skeptics Society" (A Sociedade Cética), que se identifica como cientificista, e define o cientificismo como "uma visão científica de mundo que engloba explicações naturais para todos os fenômenos, evita as especulações sobrenaturais e paranormais, e que abraça o empirismo e a razão como os dois pilares de uma filosofia de vida adequada para uma era de ciência." Importante ressaltar que a definição de Michael Shermer encontram-se os pilares também para a definição moderna de ciência, sendo essa por princípio constitutivo também naturalista (naturalismo metodológico), empírica e racional.
A diferença entre ciência e cientificismo encontra-se no escopo de abrangência que imputa-se a cada caso. Enquanto a ciência mantém assuntos e questionamentos notoriamente ligados à metafísica e à teologia do Universo alheios ao seu campo de estudo em virtude desses situarem-se fora das fronteiras que definem a ciência moderna - em nada