Ciencias Contabeis
URBANA
Maria de Fátima Ribeiro de Gusmão Furtado
A Edição de 2012 do ENANPUR tem como foco central a preocupação acerca da qualidade emergente do ambiente urbano e regional decorrente do “novo desenvolvimentismo” brasileiro, que se caracteriza pela ampliação do poder do Estado, pela retomada do crescimento econômico e pela redução da pobreza.
Esse novo momento do desenvolvimento brasileiro, ao tempo em que reúne condições para a superação de alguns problemas históricos das nossas cidades, introduz desafios novos para o planejamento e a gestão do ambiente urbano e regional. A Sessão Livre aqui proposta enfocará um tema emergente para essa área de estudo, aquele referente à interface desenvolvimento, mudanças climáticas e resiliência urbana. Essa interface revela problemas cuja natureza se desdobra em dois campos interconectados, mas que demandam abordagens diferentes: (i)
A primeira refere-se às pressões introduzidas pelo novos padrões de consumo brasileiros sobre a capacidade de suporte ambiental, notadamente em termos de emissões atmosféricas; (ii)
A segunda diz respeito às mudanças climáticas que irão intensificar e tornar mais frequentes os desastres ambientais decorrentes de fenômenos climáticos extremos, particularmente aqueles associados ao ciclo hidrológico, ou seja, chuvas torrenciais, inundações, enxurradas, deslizamento de encostas e secas.
A produção científica e as ações do Poder Público deverão, portanto, estar focadas na compreensão desses fenômenos e na proposição de medidas que ajudem as gestões urbanas e regionais a fazer face aos novos desafios que se colocam.
Em que pesem as controvérsias relativas ao aquecimento do planeta, os mais recentes estudos mostram que temperaturas extremas, secas, inundações e perda sem precedentes de gelo no Ártico marcaram o clima global em 2012. O período de janeiro a outubro desse ano foi o nono mais quente desde que se iniciaram os