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Mais recentemente, em 2008, tornou-se sócio do fundo de investimento Galícia, com pequenas participações em grandes empresas. Desde agosto de 2011, porém, Srougi arrumou uma nova ocupação, que o levou a trocar o escritório do Galícia, na marginal Pinheiros, por um prédio modesto na Estrada das Lágrimas, na favela de Heliópolis, na zona sul de São Paulo.
É ali que funciona o Dr. Consulta, clínica em que a população local pode fazer consultas médicas de 15 especialidades por 80 reais cada uma. No mesmo local é possível realizar exames, como hemograma completo, por 10 reais. Hoje, 5 000 pacientes são atendidos por mês.
É gente que até então tinha de esperar três meses ou mais pelo atendimento na rede pública. A ideia é que o alcance da clínica cresça rapidamente. Srougi recebeu neste ano um aporte estimado em mais de 20 milhões de reais do fundo suíço LGT Venture Philanthropy e do Kaszek Ventures, dos fundadores do site de leilões virtuais MercadoLivre.
O plano é transformar o Dr. Consulta numa rede com 20 unidades até o fim de 2016. Oito delas serão inauguradas neste ano. “Queremos melhorar as condições de vida dessas pessoas”, diz Srougi, fundador e presidente do Dr. Consulta. “Vamos fazer isso ao construir um negócio viável, com lucro e ganho de escala.”
Srougi faz parte de uma geração de empreendedores dedicados ao que se tornou conhecido no mercado como negócio de impacto. Em essência, é uma companhia que nasce com o duplo propósito de gerar retorno financeiro e proporcionar diretamente uma melhoria social ou ambiental.
Um levantamento do banco americano JP Morgan realizado em parceria com a organização Rede Global de Investimento de Impacto (GIIN, na sigla em inglês), divulgado no início