Ciencias contabeis
Acredito que minha aprendizagem com as licenciaturas me permite arriscar e propor um projeto de trabalho para a licenciatura de Educação Física da UNIPAMPA mobilizando os estudantes com vistas a elaboração de um mapa socioambiental das comunidades escolares de Uruguaiana e região, partindo a princípio do espaço curricular da disciplina Processos Pedagógicos.
Assim, penso o futuro professor desde seu primeiro ano de formação como pesquisador das realidades educacionais em que atuará, como planejador de sua intervenção, ampliando o campo de estágio e do próprio trabalho de conclusão do curso.
Desde 2007, trabalho com formação de professores de Educação Física na cidade de Pelotas e estou tendo a possibilidade, em várias disciplinas que leciono, de utilizar a cidade como campo pedagógico e a caminhada como meio de acesso a este campo. A Educação Física como ponte entre escola-cidade configura-se como necessidade dentro de currículos escolares que busquem fugir dos processos educativos regrados pelos conhecimentos que se “deve aprender” e pelos preciosos conteúdos que devem “ser vencidos”.
O andar em grupo, longas distâncias, definitivamente estimula a socialização, o reagrupamento e a descoberta do outro. O efeito tranquilizador da caminhada parece contagiar as relações que se estreitam e surgem proximidades diferentes daquelas experimentadas dentro da sala de aula ou no ginásio.
Muitas perspectivas educacionais apontam a necessidade da escola pensar-se dentro de uma comunidade e para isto o estudo da realidade seria o ponto de partida de qualquer projeto político pedagógico ou plano de ensino: Onde estamos? Como estamos? Como educamos?
Este caminhar mapeando bairros e descobrindo suas histórias, ensinamentos, e saberes é uma possibilidade de pularmos os muros institucionais de ensino e aprender com o ambiente, com ruas e arroios, praças e banhados, arranha-céus e rios. Conhecimentos