ciencias aplicadas
Vemos que, para alguns artistas e críticos, a estética e a questão do belo estão ligadas diretamente com a sensibilidade humana e espiritual. Temos abaixo alguns pontos de vista dos mesmos.
Como uma dimensão própria do ser humano, tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse e preocupação no ser, por aquilo que, efetivamente o agrada. Temos em Platão, uma concepção de belo que se afasta da interferência e da participação do juízo humano, ou seja, o homem tem uma atuação passiva no que concerne ao conceito de belo: não está sob sua responsabilidade o julgamento do que é ou não belo. Segundo Martin Seel “experimentar a determinabilidade de nós mesmos no mundo” e ainda completa: Kant vê na experiência do belo (e mais ainda do sublime) a realização das capacidades mais elevadas do ser humano. Já para Hegel, a dificuldade de se estudar a Estética é o fato de seu objeto – o belo – ser de ordem espiritual (Hegel, 1988: 4), pois, o mesmo não é um objeto de existência material, mas de existência subjetiva, inerente à atividade espiritual de cada indivíduo. Hegel traça a missão da arquitetura a primeira arte a se aproximar de Deus, por meio do espírito de quem a cria e quem a utiliza: A arquitetura não faz mais do que rasgar o caminho para a realidade adequada de Deus, e cumpre a sua missão trabalhando a natureza objetiva, e procurando arrancá-la aos matagais exteriores, para que eles deixem de ser exteriores , e mostrem , fiquem aptos a exprimi-lo , capazes e dignos de o receber .
Logo vemos que, a dialética aponta para duas direções: o mundo das ideias de um plano superior, ou seja, religioso; a outra direção segue para o mundo carnal, humano. Esses dilemas permearam o fazer artístico por muito tempo, com maior ou menor intensidade, na busca de uma aura artística, ou de um certo grau de superioridade.
Fontes: Revista espaço acadêmico N°- 46 – Março de 2005- Mensal-ISSN 1519.6186
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