Ciencia
CAPÍTULO 1
1 INTRODUÇÃO
A região Nordeste, por razões climáticas e sócio-econômicas, participa com cerca de 91,3% do efetivo nacional de caprinos, os 8,7% encontram-se distribuído nas regiões Sul 2,9%; Sudeste com 2,7%; Norte 1,8% e 1,2% no Centro-Oeste (IBGE, 2007). Grande parte deste percentual do Nordeste está presente nas áreas semi-áridas e constituído por animais SRD (sem padrão racial definido), mas nos sistemas de produção de caprinos de corte têm-se utilizado os mestiços de Boer com a finalidade de melhorar o rendimento das carcaças e dos tecidos nos cortes comerciais. Conforme Leite & Simplíco (2005), a região Nordeste está em mais de 80% coberta pela vegetação nativa da Caatinga. Porém, as pastagens apresentam períodos de alta produção de forragem e elevado valor nutritivo (estação chuvosa), e períodos de baixa produção de forragem (estação seca), época que se faz necessário a adoção de algumas práticas de manejo para minimizar as perdas ocorridas durante o período de baixa produção forrageira, como por exemplo, a suplementação protéica ou energética, suplementação com volumosos, minerais, ou a utilização de alimentos alternativos tipo às palhadas e ainda aqueles adaptados à região como a palma forrageira. Dentre estas, a suplementação em pastagem nativa com concentrados permitiu, segundo Carvalho Júnior et al. (2009) melhorar o desempenho animal, obter animais com maiores pesos de carcaças e de cortes comerciais, além de aumentar os rendimentos de carcaça dos caprinos mestiços F1 (Boer x SRD). As características qualitativas da carcaça podem ser alteradas pela alimentação ofertada/disponível ao animal. Assim, a suplementação a pasto vem sendo estudada como uma alternativa para melhorar o ganho de peso diário e reduzir a idade de abate proporcionando carcaças mais pesadas e com melhor acabamento, visando desta forma, atender aos requerimentos do mercado consumidor, que cada vez mais procuram na carne caprina elevada musculosidade e adequada