ciencia
Thiago da Silva Cerqueira(IC)*, Romulo de Oliveira Pires *(IC),
Eline Deccache Maia *(PQ); Jorge Cardoso Messeder**(PQ2)
E-mail do orientador(a): eline.maia@ifrj.edu.br
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Nilópolis*, **
Palavras-chave: Carnaval; Ciência; Ensino de Ciências; Material Didático
Introdução
O carnaval tem sido um tema muito estudado na área das ciências sociais que buscam compreender o sentido deste fenômeno social em nossa sociedade. Contudo, nenhum ou poucos trabalhos até então foram realizados no sentido de acompanhar e mensurar quanto de ciência é encontrado nos barracões onde o carnaval é elaborado. Quando a relação entre ciência e carnaval é feita isso se dá devido à sua forma explícita como, por exemplo, quando alguma escola de samba explora o tema da ciência como enredo. É o caso do prêmio Nobel de Química Roald Hoffmann, que chama atenção para esse fenômeno no prefácio da edição brasileira do livro “O mesmo e o não mesmo”, apresentando seu olhar sobre uma das maiores festas existentes: “Havia química no carnaval do Rio de Janeiro de 2004. A química estava lá não apenas simbolicamente, na deslumbrante alegoria da Pirâmide da Vida que Paulo Barros criou para a Unidos da
Tijuca (...). Estava em todos os lugares para onde se olhasse, nos plásticos e nas fibras sintéticas que preservavam a leveza dos carros alegóricos e suas fantasias, nas cores brilhantes.” (2007, p. 09-10). Que diria Hoffmann se tivesse oportunidade de visitar o barracão de uma dessas escolas! Veria que além da química tem física, matemática, biologia, história etc. no dia a dia da construção do carnaval carioca. Foi exatamente isso que constatamos com a pesquisa “Ciência no Barracão: um estudo exploratório” durante o trabalho de campo realizado no segundo semestre de 2011 e início de 2012, no barracão do GRES Beija-Flor