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DE
PETRÓLEO
Como é a limpeza de uma área atingida por vazamento de petróleo?
Quando escapa óleo de um navio petroleiro, de um oleoduto ou de uma plataforma de exploração, as equipes de limpeza tentam agir rápido. Para diminuir o impacto do acidente, elas atuam de duas maneiras: primeiro, cercando a mancha de óleo para evitar que o vazamento se espalhe. Segundo, iniciando a recuperação da área. No final, o óleo recolhido é separado da água ou da areia e, depois de processado, pode até ser usado de novo. Mesmo que seja cercada de cuidados, a exploração de petróleo é considerada uma atividade de alto risco ambiental. Os acidentes ainda são constantes: apenas nos Estados Unidos, cerca de 14 mil derramamentos são registrados a cada ano. No Brasil, um dos mais graves foi o acidente na baía de Guanabara, em janeiro de 2000, quando um duto se rompeu e lançou ao mar 1,3 milhão de litros de petróleo, afetando dezenas de quilômetros de manguezal. Depois desse acidente, a Petrobras, empresa que controla a maior parte do mercado de petróleo do país, investiu cerca de 5 bilhões de reais em segurança, reduzindo o volume de vazamentos de quase 6 milhões de litros em 2000 para 250 mil litros em 2003. "Os 7 mil quilômetros da malha principal de oleodutos têm controle automático, que interrompe o transporte de produtos quando há falhas. Também criamos nove centros de defesa ambiental, com equipes de 19 técnicos de plantão para combater vazamentos", diz o engenheiro Jayme de Seta Filho, da Petrobras. As entidades ambientalistas reconhecem os avanços, mas indicam que os vazamentos são só um dos problemas do uso do petróleo como combustível. "A exploração de óleo e gás traz impactos ao meio ambiente em todas as suas fases, do mapeamento ao transporte final. É preciso prevenir acidentes e preservar áreas ecologicamente sensíveis à retirada do produto", afirma o ambientalista Guilherme Fraga Dutra, da ONG Conservation International.
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