Ciencia hoje
A equipa, liderada por Manuela Alvarez, do Departamento de Ciências da Vida, analisou 197 suicídios observados no distrito de Coimbra, nos anos 2000 a 2004, e 16. 497 suicídios registados nas sub-regiões NUTS III (Unidades Territoriais definidas pelo INE para fins Estatísticos), de Portugal Continental, nos anos 1991 a 2010.Os primeiros resultados, referentes aos 17 concelhos do distrito de Coimbra, revelam que, entre os anos 2000 e 2004, os homens contribuíram com 80,2 por cento dos óbitos por suicídio e as mulheres com 19,8 por cento. O número de mortes intencionais foi maior em populações residentes em freguesias mais rurais, populações mais isoladas e com rendimentos mais baixos.
Sobre a distribuição dos óbitos por concelho, por 100 mil habitantes, o estudo mostrou uma distribuição heterogénea, com os concelhos do interior, Tábua, Góis e Penela a registarem taxas de suicídio mais elevadas. Montemor-o-Velho foi o concelho do litoral que registou maior prevalência de suicídios.
Enforcamento e envenenamento
No que respeita à faixa etária, em praticamente todos os concelhos a maior parte dos suicídios vitimaram pessoas com mais de 65 anos, à excepção dos municípios de Penela e Vila Nova de Poiares que apresentaram maior prevalência na população mais jovem, entre os 15 e os 24 anos de idade. O tipo de lesão mais frequente em homens e mulheres foram o enforcamento e o envenenamento com pesticidas.
De acordo com a investigadora, “estes resultados devem ser considerados na