CIenceis

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Terça-feira (15 Outubro)
E
Quarta-feira (16 Outubro)

3. A saúde e as determinantes sociais

a. Variabilidade dos estados de saúde

- As diferenças sociais tem reflexo na variação da morbilidade e da mortalidade.
As condições sociais em que as pessoas se integram (devido à sua realidade socioeconómica e literacia), seja como indivíduos, seja como membros de um grupo social (grupo cultural, de trabalho ou familiar), determinam grande parte da sua realidade sanitária, na medida em que conformam formas e estilos de vida. Mesmo não sendo uma condicionante absoluta (pois o actor social ou uma família ou grupo sempre pode alterar a sua situação), o estado social e económico determinam o acesso e os cuidados de saúde.

Podemos dizer que a pobreza ou a falta de educação sanitária condicionam a montante e a jusante o estado sanitário de um indivíduo ou grupo social. Em primeiro lugar porque a falta de informação ou a pobreza permitem que o indivíduo corra mais riscos, logo tem mais possibilidade de estar doente; em segundo lugar, já doente, este indivíduo tem menos possibilidades de recorrer aos bens e instituições de tratamento e menos condições de acesso aos procedimentos, técnicos, administrativos e de conhecimento, de lidar com a doença.

A selecção social entra dentro destes processos de prevenção e de terapêutica, na medida em que algumas politicas sanitárias estão imbuídas de condicionantes socialmente construídas, associadas aos processos de marginalização e de vitimização (ver aqui também como grupos étnicos e culturais podem estar marcados por esta selecção).

b. Modelos psicológicos e sociais para a explicação dos estados de saúde

- Os trabalhos sobre o stress e a vida contemporânea:

A origem da doença e a qualidade de vida das pessoas já não estão associadas apenas a factores internos (como os fisiológicos/genéticos) ou externos (as contaminações ou determinação social), mas a factores ligados especificamente aos estilos de vida

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