Cidadão de papel
Gilberto Dimenstein, paulista nascido em 1956, é um jornalista e autor sinceramente preocupado com os problemas da infância da juventude de seu país. O livro Cidadão de Papel traz em sua essência a conscientização para um mundo onde a cidadania possa sair do papel e tornar-se realidade. Segundo o autor a cena dos meninos de rua vendendo balas em semáforos, ou engraxando sapatos tornou-se comum para nós humanos. E que entre você leitor, e um menino de rua existem algo em comum: falta de cidadania. Nós por não termos ela em prática e eles por nunca terem a oportunidade de tê-la conhecido. Este livro mostra também como funciona o motor de uma sociedade que produz crianças de rua. É uma viagem pelas engrenagens do colapso social, em que a infância é a maior vitima e a violência, uma consequência natural.
No Brasil a pobreza e a má estruturação na educação do país é um assunto que visto pelos Governantes como problema e até gera crises, mas não é esses itens que trazem à desigualdade social e sim a falta de se praticar a cidadania. Acontece um efeito dominó, os pais pobres têm filhos, estes serão pobres e mesmo que tentem subir na vida o máximo que recebem é o descaso, ora por preconceito racial ora por falta de diploma universitário. O autor relata em Cidadão de Papel que no Japão os alunos que concluem o segundo grau já têm seus próprios apartamentos quando se formam, já no Brasil isso é algo utópico e aos olhos dos estudantes ter o próprio apartamento só se conquista depois dos 20 anos de vida, ou talvez nunca.
[...] “É a famosa pergunta: Quem nasceu antes: o ovo ou a galinha?
O garoto é pobre porque não conseguiu estudar em uma boa escola ou é porque não estudou que continua pobre?” [...].
Esse efeito dominó acontece por falta de sensibilização da população, ao invés de ficarem só olhando para o próprio umbigo, começam a ver que dinheiro não cai do céu, muito menos cidadania vem na bandeja de ouro. Dimenstein relata em