Cidades e Sustentabilidade
Pedro R. Jacobi
Prof. Titular- Faculdade de Educação e PROCAM
Universidade de São Paulo
O crescimento urbano e a crescente concentração de população no meio urbano vem acompanhada pela deterioração da qualidade de vida, notadamente nas cidades de paises em desenvolvimento. A gestão das cidades tem se caracterizado pelas suas dificuldades em enfrentar os agravos ambientais. Embora não sejam poucas as iniciativas para promover um gerenciamento integrado das atividades urbanas que aumente a qualidade de vida da população e preserve o equilíbrio ambiental, os alcances globais são bastante limitados.
No caso brasileiro, a dinâmica de urbanização associada a uma crise na gestão pública têm como resultado uma explicitação das carências sociais e dos serviços públicos e uma dificuldade concreta de gestão administrativa. Isto tem provocado um crescente grau de deterioração ambiental
(Ferreira, ) que se manifesta na deterioração dos recursos hídricos e nas dificuldades de garantir qualidade nos serviços urbanos básicos associados ao saneamento ambiental
Esta situação que revela o crescimento do passivo ambiental, exige cada vez mais intervenções em áreas que transcendem as lógicas convencionais de gestão urbana. O principal problema reside no fato que apesar de haver um deslocamento generalizado dos problemas para a esfera local, esta nem sempre dispõe de estrutura político-administrativa adequada para enfrentar os problemas que têm se avolumado (Jacobi, 2000).
Verifica-se uma redução na importância da política ambiental brasileira (Guimarães,2000) no nível federal e um aumento em âmbito municipal, em vários estados brasileiros, de experiências nas políticas públicas locais estimulando ações que promovam práticas ambientais centradas na sustentabilidade (Ferreira, 1998 ).
No nível municipal, o aumento de gestões municipais com foco específico para o meio ambiente ocorre após 1988. No nível municipal