Cidades Rebeldes
A partir do pensamento de Ermínia Maricato diz que a classe média é a maioria dos manifestantes desses protestos, vendo neles uma esquerda que não consegue ver uma luta de classes e por uma direita que aposta tudo na especulação imobiliária e no assalto ao orçamento público, tendo melhoria das condições de vida é acessível com melhores salários ou com melhor distribuição de renda visando a melhorias na condição de vida e extrair ganhos. Diz também que a vida nas cidades brasileiras piorou por causa da desigualdade social com a escravidão vigente até pouco mais de um século atrás de um Estado patrimonialista e a universalização da “política do favor”, que a partir dos anos 1980 houve um baixo crescimento, alto desemprego e recuo das políticas públicas e sociais, aumentando a violência urbana, com as palavras de David Harvey afirma o direto á cidade como direito de construí-la, de “formá-la mais de acordo com nossas necessidades coletivas”, bem como a ideia que este direito não deve ser aguardado como um presente, mas tomado pelos movimentos sociais, chamada cidades “globais” do capitalismo avançado são divididas socialmente entre as elites financeiras e as grandes porções de trabalhadores de baixa renda. Carlos Vainer vai constatar o protagonismo das lutas das cidades, lutas que ocorriam dissociadas, mas que em junho de 2013 eclodiram em grandes manifestações, contrariando a lógica da cidade mercadora.
Nas palavras de Mauro Iase, a cidade como “expressão das relações sociais de produção capitalista” apresenta não só a contradição espacial, que é reflexo das desigualdades, mas também intercala momentos