CIDADES MESOPOTÂMICAS: HISTÓRIA E REPRESENTAÇÕES - Resenha
Ercole Brandimarte
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POZZER, Katia Maria Paim. CIDADES MESOPOTÂMICAS: HISTÓRIA E REPRESENTAÇÕES. O mundo urbano – espaço profano e sagrado. Anos 90 – Revista do Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS. Porto Alegre. p.61-73.
1 - RESUMO
O texto procura retratar a história do Mesopotâmia a partir do profano e do sagrado. O primeiro é representado pelo poder político e militar consubstanciado na figura do palácio do rei e o segundo, o poder econômico e religioso, representado pelo templo. O caráter essencialmente urbano da antiga Mesopotâmia tem como principal fator de desenvolvimento os templos: centro religioso, econômico e administrativo. Sob a responsabilidade destes é que ocorreram, por exemplo, o desenvolvimento e aparecimento da escrita, arte e arquitetura. O papel e a localização do templo e do palácio são muito importantes. Os templos, por exemplo, não estavam localizados sempre na parte central da cidade, apareciam muitas vezes em posição periférica, perfazendo um limite físico entre o sagrado e o profano. O palácio, por sua vez, é de mais difícil definição a sua localização e nem há evidências de que todos as cidades possuíam um, apenas aquelas em que habitavam a figura do rei. Constituíam-se em construções que, além de residência e centro administrativo, também, incorporavam outros templos secundários, silos e oficinas de artesanato. As cidades eram consideradas “moradia dos deuses”, por isso as construções religiosas foram de vital importância para o desenvolvimento urbanístico da Mesopotâmia. Dois grandes exemplos são as cidades de Larsa e Babilônia. Em Larsa, destaca-se a importância do templo de Samas, que se tornou durante muitos anos como o ponto focal da cidade. Era composta por três áreas principais:
1) um bairro administrativo e religioso (templo e palácio e grandes edifícios);
2) um bairro residencial (casas ao centro e na periferia outros significativos prédios); e
3) um bairro intermediário