CIDADE ROMANA
Se constrói a casa para se estar nela, se funda a cidade para sair de casa e reunir-se com outros que também saíram de suas casas.
Apoiando-se na tradição clássica e helenística, os romanos adotam e propagam as idéias urbanísticas da Grécia. Mas enquanto os gregos se sentem motivadospor uma sensação de finitude em suas cidades e edifpicios, as motivações dos romanos são a organização e o poder político.Se o módulo urbano grego é a habitação, o módulo urbano romano é a rua: a via urbana, cujo traçado geral determina a trama e a forma da cidade.
Para esta trama e forma urbana, os romanos buscam traçados regulares geométricos ou, se isso não é possível, incluem nas cidades composições arquitetônicas esplêndidas, cujo melhor exemplo é a cidade de Roma.
Do ponto de vista urbanístico, as cidades do Império Romano são herdeiras das helenísticas, das quais tomam todos os seus refinamentos técnicos: redes de esgoto, abastecimento de água, banhos, pavimentação, serviços de incêndio, mercados, etc.
A esses fundamentos, os romanos acrescentam como princípios urbanísticos próprios, o traçado regular, o limite ou delimitação da cidade, a proeminência do sistema viário e a regularidade das quadras. A aplicação desses princípios não é possível em Roma, se realiza vez ou outra nas cidades de colonização romana.
Enfatizando os traçados viários como estruturantes urbanos, se pode dizer que uma cidade colonial romana é um sistema reticular de ruas cercadas por um muro, pois primeiro se constrói o recinto e se traçam as ruas, e somente depois se constroem os edifícios públicos e privados, que são tratados como elementos subordinados à tama viária, ainda que possam ser concebidos arquitetônicamente como composições monumentais.
Esse sistema configurador constitui uma estrutura simples para a cidade, porém bem organizada.