cidade renascentista
Entre os séculos XIV e XV, os movimentos comunais e a ascensão da burguesia reivindicaram o retorno do poder municipal, passando os mercadores a financiarem a implantação de monarquias nacionais, o que fez surgir os primeiros países europeus.
Aos poucos, as cidades passaram a assumir suas funções produtivas, em especial com o aparecimento das primeiras Fábricas urbanas, ou seja, pequenas oficinas voltadas tanto ao varejo como ao atacado.
Na idéia renascentista de cidade, toda a motivação de ordem sagrada e/ou religiosa sobre a vida urbana acabou desaparecendo, sendo substituída por uma atitude científica levada ao extremo de uma racionalidade a-histórica.
Passaram a predominar a uniformidade, os traçados regulares e as ruas irradiadas de uma praça central, em que canhões defendiam estrategicamente as entradas da cidade. De modo geral, a busca pelo modelo ideal levou à repetição de alguns motivos geométricos arquetípicos, principalmente o quadrado e o círculo .
A arte renascentista confundiu-se com a de projetar cidades, fazendo com que as Leis de Perspectiva se tornassem as regras de construção de vias, praças e conjuntos urbanos, segundo princípios universais de simetria e proporção.
Hans Vredeman de Vries
(1527-1609)
O novo método de projeção – estabelecido desde os princípios do século XV – passou a ser aplicado teoricamente a todo gênero de objetos, dos espaços arquitetônicos à cidade e ao território. Entretanto, por limitações práticas, não conseguiu produzir grandes transformações nos organismos