Cidade Partida Um Livro Sobre O Rio De Janeiro
O livro é um relato, muitas vezes emocionado, deste correspondente de uma guerra de lances surpreendentes que culminou na mobilização da sociedade civil contra a violência, que resultou no movimento Viva Rio, criando heróis inusitados e personagens marcantes. O próprio autor é um desses personagens engajados nesta luta, que ficou na favela por nove meses naquele mundo “onde se anda sempre de metralhadora a tiracolo e a cocaína é vendida em praça pública”. Daí surgiu a famosa frase “Para controlar a violência nas favelas não adianta chamar a Polícia; é melhor chamar o Fantástico”.
Para retratar aquele momento na favela e posteriormente na criação do Viva Rio, o autor destaca duas personalidades e sua interlocução com o serviço social: Herbert de Souza, o Betinho e Caio Ferraz.
Betinho morreu em 1997 e foi sociólogo e ativista dos direitos humanos. Desempenhou importantes papéis na história da sociedade brasileira, atuando em movimentos de mobilização social, entre eles: a articulação da Campanha Nacional pela Reforma Agrária, em 1983, congregando entidades de trabalhadores rurais; a organização, em 1990, do movimento Terra e Democracia; a liderança, em 1992, do Movimento Pela Ética na Política, que culminou com o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, em setembro do mesmo ano.
Na década de noventa se empenhou vários projetos sociais no Brasil e intensificou nas favelas cariocas., que culminou na criação do Viva Rio junto com importantes personalidades. Em 1996 Betinho foi enredo da Escola de Samba Império Serrano, no Rio de Janeiro. O tema foi: “E verás que um filho teu não foge à luta”.
Outro personagem importante no