Cidade para carros ou para pessoas?
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CIDADES: PARA CARROS OU PARA PESSOAS? De fato o futuro do mundo é urbano, e cidades geram uma enorme poluição, entretanto, o impacto na natureza gerado por uma cidade depende do seu tipo de urbanização e de como as pessoas se relacionam com a mesma. Hoje, é preocupante a forma com que a urbanização vem sendo conduzida na maioria dos locais. Em meio ao trânsito corrido e caótico presente na maioria dos lugares e na vida acelerada e desordenada das cidades, contraditoriamente, as pessoas estão sendo esquecidas. As cidades, que deveriam ser voltadas para as pessoas, na maioria das vezes estão sendo projetadas ou “reformadas” para os automóveis, o espaço público cada vez mais é tomado pelos carros, ruas são alargadas e avenidas duplicadas para comportar a frota, mas acabam por incentivar mais o uso dos veículos automotivos e esquecem-se dos pedestres ou dos ciclistas, que raramente possuem calçadas ou vias adequadas. Além da poluição, o uso abusivo dos automóveis gera inúmeros outros problemas para a cidade, como os congestionamentos e a diminuição da convivência direta entre os habitantes, já que a má estruturação dos transportes públicos e das vias de pedestres, na maioria das vezes, faz com que os automóveis sejam mais cômodos para a população. Logo se vê que a urbanização primando às pessoas (vias exclusivas para pedestres, calçadas mais largas e uniformes, praças e locais públicos reduzindo o contingente de estacionamentos) e uma melhor mobilidade urbana (visando melhorias no transporte público e na acessibilidade), induziriam, de forma saudável, a população a andar mais a pé ou com meios alternativos de transporte, como a bicicleta, melhorando assim a qualidade de vida e reduzindo os graves problemas como a poluição e os engarrafamentos. A partir destes problemas e visando estas soluções, a jornalista Natália Garcia conduz um projeto chamado “Cidade para pessoas”, inspirado no urbanista Jan Ghel, e trata