Cidade-Jardim
Choay.
Segundo Françoise Choay, a partir do final do séc.XIX a sociedade tornou-se essencialmente urbana perante o aumento populacional drástico que o fenómeno do êxodo rural levou às cidades. O numero de comunidades urbanas, grandes cidades e pólos tecnológicos aumentam descontroladamente e os problemas também.
Não foi senão em finais do séc.XIX e inícios do séc.XX que o conceito de “urbanismo” se cultivou e atingiu maturidade teórica. Na Europa do período pós Revolução Industrial os urbanistas ingleses consideram que a cidade já não é o seu núcleo central tradicional mas sim uma região. Sentem portanto uma inegável necessidade de reorganizar as cidades e assim nascem as primeiras propostas urbanísticas.
A cidade de finais do séc.XIX nada tinha em comum com o modelo medieval, renascentista ou barroco em que a imagem de marca eram as catedrais e outros edifícios simbólicos. A Revolução industrial trouxe grandes alterações às cidades européias – que perdem a muralha e consequentemente a noção de um limite definido; a imagem de marca passam agora a ser os edifícios de habitação operária, os armazéns e as chaminés das fábricas – e na passagem para o séc.XX procurava resolver-se o problema da cidade industrial de uma forma pacifica.
Surgem então as primeira propostas de modelos de desenvolvimento urbano para atingir a cidade ideal. Pode dividir-se em dois grupos essenciais de pensamento: um numa linha de pensamento urbanistico mais progressista (A
Cidade Industrial de Tony Garnier é um exemplo) e outro, segundo Françoise
Choay, mais culturalista que defende que a máquina – principal causa do estado degradado da cidade – não devia ser considerada como modelo para a sua reconstrução (a Cidade-Jardim de Ebenezer Howard).
Ebenezer Howad estudou as cidades e escreveu o livro “To-Morrow: a peacefull path to real reform” (1898) reeditado em 1902 “garden cities of