Cidade Contemporânea para Três Milhões de Habitantes
A influência do purismo na composição da cidade-modelo de Le
Corbusier.
Autor: Rogério Penna Quintanilha
Formado em Arquitetura & Urbanismo pela Universidade Estadual de Londrina (2004), com especialização em História e Teoria da Arte pela mesma universidade (2006) e mestrado em
Urbanismo, História e Arquitetura da Cidade pela Universidade Federal de Santa Catarina
(2008) com a dissertação Uma Cidade Contemporânea para 3 Milhões de Habitantes:
Apresentação e análise da cidade ideal corbusiana. Desde 2008 é professor do curso de
Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Oeste Paulista.
Endereço para correspondência: Rua Dona Neófita Nascimento, 534, Presidente Prudente, SP.
CEP 19023-030. Tel (18) 8132.7432 / 3221.2580. Email: arq.rogerio@gmail.com .
UMA COMPOSIÇÃO PURISTA PARA 3 MILHÕES DE HABITANTES: A influência do purismo na composição da cidade-modelo de Le Corbusier.
Resumo: Este artigo procura estabelecer relações temáticas e compositivas entre a Cidade
Contemporânea para 3 Milhões de Habitantes, modelo de cidade apresentado por Le Corbusier em 1922, e a pintura purista de Jeanneret, verdadeiro nome do arquiteto franco-suíço com o qual assinava suas telas. São investigadas as relações entre os discursos e práticas do arquiteto-pintor em ambos os campos de atuação e o intercâmbio de experiências entre eles.
O purismo foi uma vanguarda artística pós-cubista fundada por Jeanneret e Ozenfant cujo principal forma de divulgação foi a revista L’Esprit Nouveau, editada na década de 1920.
Trabalhava com temática figurativa mas selecionando como tema determinados objetos-tipo como garrafas, pratos e instrumentos musicais. Para os puristas, estes objetos já haviam passado por um processo de aprimoramento da forma regido pela lei de seleção mecânica, que considerava que a forma de um objeto seria gradualmente evoluída em direção a um ponto ideal entre a máxima utilidade do objeto,