Cidadania
O conceito de cidadania é muito amplo, mas tem sido resumido no conjunto de direitos e deveres pelo qual as pessoas estão sujeitas na sociedade em que vive. Porém, hoje, a cidadania não pode mais ser considerada somente como um conjunto de direitos formais, mas como um modo de incorporar os indivíduos e grupos ao contexto social de determinado país. Originalmente, o termo vem do latim, civitas, e significa cidade. O cidadão tem direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade perante a lei. Outro conceito considera que cidadania é ter o direito de ser o que é, de forma livre. É saber o lugar que eu ocupo na sociedade,é ter consciência de todos os poderes, ter autonomia. É dar ao indivíduo o poder dele,do direito que ele tem no mundo, do espaço que ele ocupa e do auto-conhecimento em todos os aspectos (identidade, pertencimento e conhecimento).
A infância se encontrava excluída dessa abordagem de “ser cidadão”, porque a cidadania tende a ser restrita à idade adulta. Tradicionalmente, o cidadão por excelência era o varão adulto, de tal forma que as mulheres, os escravos e as crianças não eram considerados como tal. Ao longo do tempo, vários grupos desenvolveram lutas contra a hegemonia da cidadania, reivindicando direitos iguais para si, como por exemplo a luta feminina e as de pequenos grupos étnicos. A sociologia da infância veio para tentar compreender a criança como um ser social pleno, competente e com voz. A infância como lugar de direitos suscita amplos campos de discussão, pois a realidade de muitas crianças é de exclusão, desigualdade e inoperância de seus direitos.
Pensando numa nova qualidade de cidadania, que inclui os cidadãos como sujeitos sociais ativos e os institui como criadores de direitos que visem abrir novos espaços de participação social e política, a formação de cidadãos participativos leva ao empoderamento da população, capacitando-a para atuar no controle dessa própria vida e, assim, atingir uma