Cidadania e Direitos no Mundo Globalizado
Em princípio podemos definir globalização como uma verdadeira “história mundial” não é uma novidade absoluta, mas sim resultado de processos cujas origens remontam à própria constituição da modernidade. Como exemplo, as comemorações acerca de 150 anos de Manifesto Comunista indicam com razão que Marx e Engels já haviam apontado para a constituição de uma sociedade mundial, fruto da expansão do capitalismo. E Marx Weber, por sua vez, tematizou exaustivamente o processo de universalização dos valores ocidentais e suas consequências em termos de racionalização da cultura no mundo moderno.
Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de um processo radicalmente novo – ao menos no seu efeito de conjunto, a produção de uma sociedade mundial. Com o objetivo de destacar a relação entre globalização e cidadania e também o impacto da globalização no campo da cidadania e dos direitos. Ultimamente o termo globalização tem sido utilizado, sobretudo para caracterizar um conjunto aparentemente bastante heterogêneo de fenômenos. Que ocorreram ou ganharam força no final dos anos 80. Como exemplo desses acontecimentos e fatos temos: O fim do socialismo de Estado na ex- IRSS e no Leste Europeu, a descentralização dos processos produtivos, a expansão das empresas transnacionais, a internacionalização do capital financeiro, o crescimento da influência cultural norte-americana, a revolução da informática e das telecomunicações, o enfraquecimento dos Estados Nacionais. Acontecimentos estes que estavam ilustrando uma “sociedade mundial”, ou seja, uma sociedade na qual os principais processos e acontecimentos históricos ocorrem e desdobram em escala global. Enfatizamos que a globalização não pode ser vista como um processo homogêneo, pois um de seus principais efeitos consiste justamente em aumentar as desigualdades sociais e a exclusão social, tanto no interior das nações, quanto no