Cidadania politica
CARVALHO, Silvana Maura Batista de – UEPG – scarvalho@uepg.br[1]
Atualmente, reconhece-se o potencial da disciplina escolar – História em sua trajetória, na história da educação brasileira, em especial, na segunda metade do século XIX e no século XX, percebe-se o atrelamento dessa aos interesses político-econômicos e, constata-se como essa disciplina serviu de suporte ao ideário político-econômico nacional, na formação do cidadão[2] necessário à estabilidade política do país. Nessa relação entre História e cidadania, nota-se a importância dessa disciplina escolar, sua utilização a serviço dos interesses políticos e econômicos, mas, ao mesmo tempo, percebe-se o potencial da mesma, em especial, em novas propostas de ensino. Nessa perspectiva, é importante clarificar a idéia de cidadania norteadora dessas propostas, já que anteriormente, concepção norteadora do processo de formação escolar, foi o Liberalismo. Sabe-se, que tal concepção ainda não foi superada, mas é relevante destacar que, atualmente, torna-se possível, mediante os novos objetivos colocados para o ensino de História, que deve contribuir para a formação do indivíduo comum (...) que vive o presente deve (...) ter condições de refletir sobre tais acontecimentos, localizá-los em um tempo conjuntural e estrutural, estabelecer relações entre os diversos fatos de ordem política, econômica e cultural (apud: BITTENCOURT, 1997, p. 20) . As referidas afirmações apontam elementos fundamentais para o ensino de História e a formação da cidadania, contemplando o aluno como um sujeito de ação, que se constrói nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais, travadas num determinado contexto perpassado por várias realidades, marcado por inúmeras diferenças e, ainda, com acesso a informações sobre acontecimentos de outras realidades e temporalidades simultâneas à sua.