Cidadania no Brasil
Entre 1978 e 1979 foi consolidado o processo de abertura política do Brasil à Democracia, com a revogação do AI-5, a suspensão da censura, quando foi decretada a anistia à presos políticos exilados do país, e à extinção do bipartidarismo (segundo alguns autores, provavelmente uma tática do governo para enfraquecer o MDB, que a cada eleição ganhava força e a maioria dos votos do congresso, como aconteceu a princípio das eleições de 1982). ARENA manteve-se intacta, com a sigla PDS (Partido Democrático Social); e o MDB, se fragmentou em vários partidos,o PMDB, PP, PTB, PDT e PT. Os seguimentos mais autoritários do regime militar, que saíram de controle do sistema, continuaram se manifestando através de atentados, atribuindo-os à ação terrorista dos grupos de esquerdas; o que não convence as autoridades do exército e a população. O presidente Figueiredo, repele este retrocesso, reafirmando mandar “prender e errebentar” quem conspirasse contra a abertura.
Nesse contexto, a mobilização popular crescia, ditando o ritmo da transição do regime para o processo de abertura. O descontentamento da população era devido às crescentes taxas de inflação, ao declíneo econômico (arrocho salarial e corrupção) aumento da miséria urbana e criminalidade. Essa situação fez com que a esquerda ganhasse força, nas eleições de 1982, o PT elege oito deputados. Nas eleições de 1984 a oposição está fortalecida a ponto de lançar o movimento Diretas Já para presidente, conseguindo agrupar mais de um milhão de pessoas em comícios. A emenda Dante de Oliveira, que reestabelecia as eleições para presidente proposta no congresso não é votada, mas atinge seus objetivos de mobilização popular através dos meios de comunicaçaõ de massa, fazendo com que as elites liberais e os setores radicais do exército recuassem. O PDS divide-se, dando origem ao PFL (Partido da Frente Liberal), formado por grupos derrotados na